segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dom


Queria que pudesse transmitir dessa mesma maneira algo que guarda dentro de seu coração
Porém, desculpe-me, o dom lhe falta e a tua aparente sagacidade a cada dia se funde mais e mais com algo que alguém um dia chamou de alienação
Não entende o que é
Não é o que pensa
Mas um dia já admirou cada letra que dentro dessa máquina consta
Nos caminhos, mãos dadas, nunca havia reparado, mas eu segurava uma chama que queimou cada pedaço de minha alma
Afetou cada parte de meus sentimentos e hoje tudo o que eu tenho são minhas palavras e meu silêncio
Palavras guardadas sobre meu silêncio
Não espero doces palavras, nem abraços, nem sorrisos
Nem espero que entre e faça disso uma poesia da sua vida
Da tua forma de pensar nada me é interessante, sei que um dia gostaria de ter no mínimo um pouco de dom
Entretanto, nem dessa forma conseguiria fazer com que tua mão deixasse de queimar as outras mãos, as quais segura
Não conseguriria fazer sorrisos brotarem nas faces, nem lágrimas derramarem dos olhos
Continuará desafiando àqueles que cruzam sua trilha e se lhe for conveniente desrespeitará, porque é de sua índole invadir limites
Mas no olhar dos bravos dá para ver a tristeza
E na risada, o desespero
Não faço dessas palavras o mais lindo poema, mas se os vê aqui é porque acredita




Thaza

5 comentários:

  1. Thasa Querida!

    Obrigada pelo carinho, viu!

    Eu gosto muito de ler-te... seu blog inspira paz!

    beeejos

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  2. Faço minhas as palavras do segundo comentário.
    Beijos cheios de saudade...

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