sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mudança


Acordei um dia e tudo havia mudado...
O sol brilhava mais e a manhã havia se prolongado para que eu pudesse resolver minha vida.
Tudo havia ficado mais claro e um horizonte havia se formado bem na frente de meus olhos, eu estava em via nova.
Sentimentos novos também rondavam minha cabeça e passei a perceber que algumas mentes necessitavam de mais preocupação.
Uni forças e comprei brigas merecidas.
Derramei lágrimas, não fechei meus olhos ao dormir.
Olhei para o chão e percebi que alguns buracos haviam sido cobertos e agora eu posso andar tranquilamente sem me preocupar em ter quedas bruscas e, se tiver alguma eu tenho mãos que vão me puxar de onde eu estiver.
Acordei em um dia normal e tudo havia mudado...
Meus horários eram diferentes, mas meu sorriso era mais alegre.
Minha felicidades era inabalável.
Minhas forças estavam revitalizadas.
Meus desafios renovados.
A estrada está mais clara e agora ando por aí com meus amigos!


Thaza

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carregando


O blog está parado, mas minha vida não.
Eis uma contradição: blog parado e a vida não.
Eis a explicação: pela vida corrida o blog tirou férias.
Exigência de tempo, rotina nova, vida nova, algumas pendências, mas seguindo com um vasto sorriso no rosto.
Vida nova e feliz.
Tempo para mim e para o blog? Calma, mais um tempo e volto aqui...


Aguardem!



Um abraço
Thaza

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mundo paralelo


Caminho a passos vagos...
Meus pés, a vida e eu...
Quero ser livre, mas não sei se consigo sozinha...
Ei, por favor? Seria pedir demais para você deixar uma das minhas mãos livres?
Quero deixar a outra para fora da janela para sentir o vento!
Não diga nem sim, nem não. Apenas faça!
Após o vento passar por entre os dedos, quero uma parada. Vamos parar e ver a vida passar por apenas alguns instantes. Deixar o mundo girar sem que façamos parte dessa ação. Vamos fechar os olhos e imaginar o mundo paralelo e pensar nas escolhas diferentes que fizemos.
Só mais cinco minutos porque ainda posso sentir a brisa passando entre os meus fios de cabelo e a música calmante pelos ares.
Sinto isso de olhos fechados, mas me dê a mão, apenas uma. A outra quer sentir a grama e o sol do fim da tarde, que está se pondo.
Só mais 5 minutinhos para eu poder sentir o alívio que esse sorriso me proporciona. Alívio por saber que o mundo está gritando, mas nós estamos aqui sem ouvir absolutamente nada detestável, somente a melodia embalada por uma voz tranquila.
A cada parada das notas posso sentir você ao meu lado, sua respiração contínua e que em meus ouvidos soa como um cantar aconchegante que me faz ter a certeza que do meu lado não sairá. Pois, você sabe que eu sou livre, porém sem saber ser sozinha. Então, pegue somente uma de minhas mãos e deixa a outra livre para que eu possa sentir que não há mais nada embaixo dessa cama, deixe-me pensar que estamos sobrevoando pelo espaço e vendo um mundo abaixo de nossos pés.


"Why won't you come over here?
We've got a city to love!"
(Juicebox - The Strokes)





Thaza

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"Pulando O Carnaval"




Vou lhes contar um segredo, mas um dia gostei de carnaval. Entrava em blocos, agitava nos clubes, nas ruas e com asmarchinhas de carnaval. Chegava na época da data mais brasileira desse mundo e só o que eu escutava eram os axés que estavam na moda. Isso pra mim soa muito com a crônica do Luis Fernando Veríssimo sobre as drogas que a gente ouve.
Eu esparava anciosa pelo carnaval, para comprar meu kit camiseta e ingressos para as noitadas (apenas camiseta e ingressos, era o que tinha na minha cidade). O carnaval da cidade interiorana de que venho era muito básico: concentração dos blocos e clube, nada mais, além da bebida e drogas pra quem quisesse. As concentrações começavam as 7 ou 8 da noite e a bebida era liberada. Bebia-se muito nessas horas, porque no clube tinha que pagar, então bebida free era muito mais interessante ao som de muito funk e axé. Eu me animava tanto e até ficava triste quando não tocavam a música "Lirirrixa" do Babado Novo.

(A seguir, apenas ironias)
Não sei se já ouviram a música "Lirirrixa" do Babado Novo, mas se não ouviram vou transcrever um pedaço, apenas o refrão para que vocês possam observar a consistência dessa música:
"Lirirrixa
Timbaleia
Badala, badala, badala
Rucutum, tan, tan, tan"

Notem a profundidade que ela passa, algo sem explicações.

Não tenho nada contra a quem ainda curte um carnaval tradicional, com marchinhas, bebidas, sexo e drogas. Mas não vejo muita coisa boa nesse agito de cinco ou mais dias de folia. Pessoas loucas pulando atrás de trios elétricos, bebendo e agitando, que maravilha ser feliz assim, pelo menos alguns dias por ano... porque depois, não se esqueça a vida volta ao normal.
Esses dias li uma pergunta feita no Twitter ao ou por Tico Santa Cruz, se não me engano e, ela era a seguinte: "Por que no carnaval as pessoas se fantasiam?" e a resposta era a seguinte: "Na verdade elas ficam fantasiadas o ano todo e durante o carnaval são elas mesmas". Então, tirei uma conclusão do porquê eu passei a não suportar mais o carnaval, porque eu larguei minha fantasia anual e passei a ser eu mesma durante os 365 dias que o ano possui. Aí as músicas de alegria, felicidade, curta a vida e bla bla bla passaram a serem inúteis porque eu não precisava de músicas carnavalescas de auto-ajuda, porque eu já era feliz sem o carnaval!


Agora eu pulo O carnaval.


Mas se o trio passar? Eu vooooooooooo
Eu voooooooooo
Hey! Hey! Hey!
Porém, o meu carnaval será apenas guitarras, baterias, baixos, etc e tal.
Viva o Rock!
Viva o Blues!





(na foto: Robert Johnson)




(créditos ao site vagalume onde eu peguei a parte da letra "Lirirrixa e à propaganda da MTV que foi de onde eu tirei o título e a idéia do "Pular O carnaval").






Thaza

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dom


Queria que pudesse transmitir dessa mesma maneira algo que guarda dentro de seu coração
Porém, desculpe-me, o dom lhe falta e a tua aparente sagacidade a cada dia se funde mais e mais com algo que alguém um dia chamou de alienação
Não entende o que é
Não é o que pensa
Mas um dia já admirou cada letra que dentro dessa máquina consta
Nos caminhos, mãos dadas, nunca havia reparado, mas eu segurava uma chama que queimou cada pedaço de minha alma
Afetou cada parte de meus sentimentos e hoje tudo o que eu tenho são minhas palavras e meu silêncio
Palavras guardadas sobre meu silêncio
Não espero doces palavras, nem abraços, nem sorrisos
Nem espero que entre e faça disso uma poesia da sua vida
Da tua forma de pensar nada me é interessante, sei que um dia gostaria de ter no mínimo um pouco de dom
Entretanto, nem dessa forma conseguiria fazer com que tua mão deixasse de queimar as outras mãos, as quais segura
Não conseguriria fazer sorrisos brotarem nas faces, nem lágrimas derramarem dos olhos
Continuará desafiando àqueles que cruzam sua trilha e se lhe for conveniente desrespeitará, porque é de sua índole invadir limites
Mas no olhar dos bravos dá para ver a tristeza
E na risada, o desespero
Não faço dessas palavras o mais lindo poema, mas se os vê aqui é porque acredita




Thaza

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Eu sou, você não é


Sim, eu poderia fazer daqui um espaço de lição de moral e despejar tudo aquilo que está guardado aqui dentro, mas optei pela calma e boa fé. Falei para mim mesma que eu deveria ser uma pessoa boa e me manter na tranquilidade, pois logo as tormentas passariam e a liberdade reinaria novamente em minha vida.
Boa fé! Porque eu tenho boa fé? Essa maldita boa fé não é compreendida por todos, mas de que me valeria ser uma pessoa de má fé?
Queria não estar nem aí pra nada, nem aí pra ninguém e mandar tudo pros ares, dar de ombros para os outros e mostrar que a vida deles de nada me importa, entretanto não aprendi a ser assim.
E quer saber? Não me importo, porque eu tenho orgulho de tudo o que já vivi e de tudo o que me ensinaram a ser e aquele me ensinaram ainda são. Meus pais, é deles a minha essência, eu sou o que eles me ensinaram e sou muito do que aprendi sozinha.
Rasguei meu atestado de futilidade e larguei o meu jeito "não sei quem sou". A minha escolha é convicta e não se baseia nenhum pouco no senso comum ou no que brilha por aí como maravilhoso e sublime.

Eu sou eu. Você acha que é, mas não é!










"Don't try to show me, cause you don't know me".

Stone Cold Sober - Paloma Faith

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Aflita


Período de aflição e de aguardo

Me vejam sentada na praia esperando algo acontecer

Mas não quero que caia dos céus

Eu iniciei e dependo de alguém para finalizar

Portanto, sento-me aqui e espero acabar

Espero sair

Espero que saia daqui

.

.

.

O quanto antes