segunda-feira, 19 de abril de 2010

Se sua vida fosse um quarto...


Se a sua vida fosse um quarto, como ele seria no presente momento?

A primeira visão que vem à mente: um quarto acinzentado, não há nada. Quatro paredes pinceladas de branco que se misturam ao ceu nublado que reflete suas cores sombrias pela única janela que quebra o concreto. Quase nenhuma luz ilumina o caminho que a janela permite entrar, nada faz diferença nesse quarto, porque nenhum adorno poderia completar o que ainda falta nesse recinto.
Não dá para visualizar nenhuma porta, não há como sair dessa caixa, por isso pode-se observar no pensamento um ser sentado em um canto. Esse ser permanece quieto, calmo, acomodado, não tem como decifrar nada que possa estar sentindo. É um corpo fechado, de mente aberta, de sentimentos guardados em um baú sem chaves.
No quarto faz frio, o clima pelo menos é agradável, mas pelas vestes fica claro que os pés estão frios, sensação que incomoda.
As opções de contato nessa névoa são limitadas. Não há nada com que esse ser possa interagir, quem sabe ele possa se levantar e talvez ir até a janela, mas aquele canto é confortável. Para fora da janela há um mundo, há pessoas clamando por ajuda. Mas quem precisa de ajuda?


O quarto é assim quando se fecham os olhos.
O ser continua imóvel, olhos abertos, olhar ao longe, olhando para o nada.





Se a sua vida fosse um quarto, como ele seria?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ócio


O que fazer em tempo de ócio?

O que tinha para fazer foi feito e o ainda resta tempo.

Posso sentar e ver a vida passar, mas sozinha não sei se posso. Já consegui, mas a solidão hoje em dia faz o que eu me entedie.

Já pensei em escrever uma biografia, mas sou muito complicada, ainda não me entendi direito.

Caminhar pela praia, ver o sol, talvez...

Buscar um limite vital, ver até onde aguenta a minha paciência, testar as saturações da minha mente, que apesar de se acabarem diariamente sempre dão um jeito de se renovar.

Percebi no meu tempo de ócio, uma capacidade extrema de bondade e paciência.

Você deve estar pensando: Muito bom!

Não é.. leia novamente, é extremo. Não é equilíbrio.

Essa história de bondade não é tão bom, não é uma qualidade mágica. Nem sei como conquistei. As teorias ainda não conseguiram concretizar uma explicação para me explicar.

Mas eu tenho explicação?

Talvez nem tenha e eu esteja buscando por algo que nem inventaram ainda.