Acreditava sem questionamentos, sem parar para pensar se aquilo existia mesmo. Frequentei cursos, li textos, fui em rituais e até me culpei por, às vezes não dar o valor necessário que me diziam ter que dar a isso.
Passei muitos anos com essa viseira que me mostrava um caminho único. Caminho que se tornava até explicação para muitas coisas.
Resolvi questionar. Resultado: CULPA.
No começo me sentia mal, quando começava a me perguntar se ele estava mesmo aqui, ali, acolá. Logo mudava o pensamento. Parecia que tinha alguém me ouvindo.
Fui aprofundando meus "por quês". Até que cheguei a conclusão que era tudo uma invenção. Era tudo uma maneira de achar uma explicação fácil, alguém para culpar, alguém para facilitar as respostas.
Não foi fácil desmitificar algo que ouvi a vida inteira ser a razão pra tudo.
Volto àquela velha história. Temos que nos indagar de vez em quando. Ter um papo interior e perguntar-nos "Por que eu acredito nisso? Quem me prova que existe?"Tem uma propaganda do Canal Futura que fala sobre isso. Diz mais ou menos que o que o move o ser humano não são as respostas, mas sim as perguntas.
Ontem estava na aula de Jornalismo Científico com a professora Valquíria e ela estava nos perguntado o que era VERDADE e se ela existia. Mesma dúvida de Nietzsche, que na verdade diz que ela nem existe, é tudo invenção humana.
É meio atordoante se perguntar sobre algumas coisas, você começa a descobrir muita coisa sobre você que você, quem sabe nem gostaria de saber, mas é preciso.
Pra finalizar, uma frase da Val da primeira aula de 2009/2.
"Com a conquista do fogo, o homem ganhou a noite".