terça-feira, 30 de março de 2010

Apenas eu


Independente de onde eu estiver.
Para aonde eu vou agora?
Nublou e não vejo nada.
Que passo dar agora?
Não vejo mãos ao meu lado.
Sou minha própria ajuda?
Meus sorrisos são camuflados.
E minha tristeza existe?
E na tentativa de liderar minha vida, só vi solidão.
Percebi que angariar o o primeiro lugar da fila pode me deixar sem ação. É olhar para trás e perceber que as pessoas que seguem contam com a decisão que por mim será tomada.
Sinto toda a responsabilidade pesar nas minhas mãos.
Sinto que meu grito de liberdade chocou-se com algumas idéias e a mágoa ressaltou algumas dúvidas.
Não, não é nada disso que você pensa que é. Não é nada disso que te disseram que é. Não é ninguém que te disseram que viram. Não é nenhuma história que alguém criou. Não é nada daquilo que você acha que viu. Não são os outros. Não é você.
Sou apenas eu!

terça-feira, 23 de março de 2010

Mazelas


Só assim consigo ver a luz clara à minha frente.
Já disseram que ao eliminar as mazelas, a vida caminharia em um involuntário rumo correto.
Quando o mal realmente caísse e começasse a queimar, um céu havia de se formar.
Um céu sem prisão. Nenhuma meteorologia conseguiria prever ou sol ou chuva, mas enfrentar sem fardos criaria leveza.
Caminhar sem pesos nos pés faz com que a linha reta não se torne a única opção. As bifurcações e caminhos novos ficam mais próximos e o vento faz com que o calor não deixe cansar.
Sem o mal, nada apressa e há tempo para pensar a cada novo passo.
Há tempo para sorrir.
Há espaço para cabelo desarrumado, unha quebrada e roupa furada.
Ser egoísta e pensar em si mesmo e se atirar no abismo para saber aonde se vai chegar.
Um egoísmo coletivo, dar as mãos e pular junto com quem quiser, colocar o pára-quedas e deixar o vento levar para qualquer campo.
Cair em qualquer lugar, seja onde for.
O mal virou cinzas, não há como puxar os pés.





Thaza

terça-feira, 16 de março de 2010

CA - Compiladores anônimos


Ando meio afastada, mas essa rotina nova ainda não se adequou à minha vida. Engraçado como deixar o blog abandonado me deixa culpada! Fiquei pensando ontem a noite nas pessoas que entram aqui e olham sempre a mesma foto do trem, as mesmas palavras. Fiquei pensando como estou por fora das mensagens dos meus amigos... aí acordei hoje com o objetivo de que antes de qualquer coisa postaria algo aqui...
O blog é algo que faz com que eu desabafe de maneira mais que misteriosa -ou não- o que estou sentindo. Adoro o esquema de que eu digo algo e as pessoas interpretam minha palavras para a situação delas que pode ser completamente diferente da minha. Cada linha é uma maneira diferente de ver uma vida. Eu posso estar com saudade da minha mãe, mas alguém leu e sentiu falta do ex-namorado.
Sei que minhas palavras podem ser assunto de fofocas, alguém leu e chegou pra amiga perguntando "Você sabe se a Thayse está mal? Porque será?". Aí começa o lado ruim das redes sociais... Lê o blog, vai pro orkut, lê twitter e pronto, já sabemos o que me deixou mal... ou pelo menos se tem ideia pra elaborar alguma teoria e seja ela correta ou não, qual a importância?
Não sou muito a favor de exposições vitais, mas não consigo largar meus contatos "internéticos", ainda bem que inventaram os bloqueios. Algo que me atrai, uma atividade compulsiva bloquear as pessoas no Orkut... cada marcação eu penso no porque do bloqueio. Sei lá se adianta, mas de certa maneira faz com que eu me sinta mais protegida, mesmo sabendo que não é de toda valia isso.
Fico extremamente irritada com teorias sobre minha vida e o pior disso tudo é pedir pra terceiros as confirmações das compilações criadas nas cabeças dessas pessoas. Eu tento, de certa forma, expor o que penso, mas de maneira camuflada, porém já cheguei à conclusão que fui mal acostumada... As pessoas que comentam aqui são as pessoas que valorizam as palavras, que respeitam o espaço e por isso comentam, já as que não comentam, que só aumentam o número do contador anonimamente, é de quem tenho medo. São as teorias delas que me amedrontam e criam um bloqueio.....
Mas sei ignorar e sei mostrar isso pra elas...




Abraço a todos




Thaza

terça-feira, 2 de março de 2010

Sem rumo


OK! O que mais vem pela frente?
Não quero impedir nenhum ato, mas me traga tudo de uma vez!
Aperte esse botão e faça com que todas as bombas explodam de uma vez e pare de torturar minha mente.
Quando a fumaça baixar e sobrarem apenas escombros eu dou um jeito de reconstruir tudo. Já fiz isso várias vezes e faço de novo se precisar.
E no momento da revitalização, quero que você leve tudo o que há de ruim ao meu redor.
NÃO QUERO MAIS CONVIVER COM ISSO.
Não quero sentir que o mundo, simplesmente combinou uma conspiração contra mim;
Nem ver sorrisos nos rostos das pessoas e enlouquecer com isso;
Não quero esgotar meus resquícios de paciência com as perguntas dirigidas a mim.
Eu quero calma, só mais um pouco. Sei que já pedi antes, porém ceda um pouco mais. As pessoas não entendem o valor que ela tem pra mim.
Se não conseguir tranqulidade, coloque-me em um trem e me deixe ir sem rumo. Aceito um início novo, já disse que posso recomeçar, não há problema.
Faça com que eu me perca em qualquer lugar, sei que se eu não encontrar o rumo correto, ao menos alguma solução irei achar e em algo usual, eu sei que estando perdida eu ME acharei.
E ao passo de me encontrar eu descobrirei para que serve tudo isso que chamamos de vida.







"Singing stop this train I want to get off and go back home again
I can't take this speed it's moving in
I know I can't
Cause now I see I'll never stop this train ".
(John Mayer - Stop this train)